Processo
– Consulta e Diagnósitco
Realizada por um profissional de saúde qualificado, a avaliação tem como objetivo não só conhecer o estado de saúde da paciente e o seu historial clínico, como também a realização de um exame físico à área genital (vagina, útero e colo do útero). A realização de exames ao sangue, ecografias ou ressonâncias magnéticas podem ser solicitados posteriormente se o médico achar necessário.
Caso exista a suspeita de cancro, é recomendado a realização de uma biópsia para que o tecido seja analisado em laboratório para uma avaliação mais detalhada de forma a ser prescrito o tratamento adequado.
– Causas
Uma vez que existem vários tipos de cancro ginecológico as suas causas são distintas, pois o cancro é causado por alterações genéticas. Alguns dos fatores de risco mais comuns são:
– Cancro do útero: o excesso de estrogénios (menopausa tardia) e a obesidade podem causar alterações no revestimento do útero;
– Cancro do colo do útero: é causado por infeções de vários tipos de Vírus do Papiloma Humano (HPV);
– Cancro do ovário: embora não se saiba concretamente o que causa este cancro, existem vários fatores que podem estar associados ao mesmo, como a idade avançada, uso prolongado de terapia de reposição hormonal ou a mulher nunca ter tido uma gravidez;
– Cancro da vulva: normalmente é causado por alterações pré-cancerígenas nas células da vulva que podem ser influenciadas por infeções por HPV;
– Cancro da vagina: a exposição prévia à radioterapia pélvica, idade avançada e infeções por HPV podem estar associadas ao aparecimento deste cancro.
– Sintomas
Tal como as causas do aparecimento do cancro, também os sintomas podem ser distintos, sendo os mais comuns:
– Cancro do útero: sangramento vaginal ou corrimento anormal, dor pélvica e dores durante o ato sexual;
– Cancro do colo do útero: nos estágios inicias, o cancro do colo do útero não apresenta qualquer tipo de sintomas, mas, à medida que se vai desenvolvendo, podem surgir sintomas como dor pélvica, corrimento vaginal anormal e/ou dores durante as relações sexuais;
– Cancro do ovário: só apresenta sintomas à medida que se desenvolve, como inchaço abdominal, mudanças a nível intestinal, perda de apetite e/ou sensação de saciedade precoce após a refeição;
– Cancro da vulva: inchaço, feridas e alterações na pele da vulva são os principais sintomas;
– Cancro da vagina: dos cancros ginecológicos é o mais raro e os sintomas principais são a dor/desconforto ao urinar, inchaço da vagina e/ou corrimento vaginal anormal.
Todas as mulheres são diferentes e, por isso, nem todas irão apresentar os mesmos sintomas. De salientar que os sintomas acima mencionados não significam que a pessoa possa ter algo cancro ginecológico pois existem outros tipos de problemas que podem estar associados a esses sintomas. A procura de um profissional de saúde que possa dar resposta a eventuais sintomas ou dúvidas é bastante importante.
– Prevenção
A realização regular e assídua de exames ginecológicos é a prevenção mais importante para a saúde reprodutora feminina, além da vacinação contra o HPV (principal causa do cancro do colo do útero), a utilização de contracetivos hormonais (como a pílula) e a adoção de um estilo de vida saudável (prática regular de exercício físico e uma dieta equilibrada).
Plano de tratamento
O tratamento irá depender do tipo e estágio do cancro de cada paciente, pois só após uma avaliação cuidada e a realização de vários exames é que o médico poderá aconselhar o melhor plano de tratamentos a realizar.
– Cirurgia: é essencialmente utilizada para a remoção de um tumor que pode incluir a remoção de outros órgãos para que não existam metástases;
– Quimioterapia: toma de medicamentos, via oral ou intravenosa, que têm como objetivo a destruição das células cancerosas;
– Radioterapia: a administração pode ser interna ou externa, através de raio X de alta energia, consoante o tipo de estágio em que a paciente se encontra;
– Imunoterapia: administração de medicamentos que ajudam o sistema imunitário a reconhecer e posteriormente destruir células cancerígenas.
Por vezes a combinação de mais do que um tratamento pode ser recomendado por parte do médico.